O CORTEJO DOS PÁSSAROS IMPERIAIS

O canto da cigarra já previa,

o fim eram aqueles dias,

que seriam o nunca mais.

Voam para longe tucanos e araras.

Sofre a cada golpe, essa gente sem raiz.

A luz, perdida no amanhecer,

se espanta com sua nova fé,

retira-se quando cai a noite na selva

e entrega o paraíso ao Deus dará.

A obra prima conheceu toda a cobiça,

e da imundície, viu o meu Brasil nascer,

bastardo entre as cortes parasitas,

entre angústias e marias,

sem vontade de viver.

EDUARDO PAIXÃO
Enviado por EDUARDO PAIXÃO em 27/04/2019
Código do texto: T6633846
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