O CORTEJO DOS PÁSSAROS IMPERIAIS
O canto da cigarra já previa,
o fim eram aqueles dias,
que seriam o nunca mais.
Voam para longe tucanos e araras.
Sofre a cada golpe, essa gente sem raiz.
A luz, perdida no amanhecer,
se espanta com sua nova fé,
retira-se quando cai a noite na selva
e entrega o paraíso ao Deus dará.
A obra prima conheceu toda a cobiça,
e da imundície, viu o meu Brasil nascer,
bastardo entre as cortes parasitas,
entre angústias e marias,
sem vontade de viver.