VERDADE CENSURADA

Na minha censura, do lugar comum

Não sei explicar o amor.

Seja por ti moderado

Enamorado que estou

Seu fiel confidente, além de amante.

Como previ, não há de repetir

Verso nenhum que eu faça

Sonhos ou flores ou mesmo lua.

Creia-me quando eu digo

Meu silêncio é da boca para fora.

Falo do escuro e de luz prateada

(entendeu a imagem?)

é tudo bobagem.

Seria muito mais fácil te olhar

sem nada te dizer

não há segredo na poesia.

Queiram ou não, os poetas.

Jose Carlos Cavalcante
Enviado por Jose Carlos Cavalcante em 15/03/2005
Código do texto: T6655