Mudei...
A flor de lugar
O pano de prato
Mudei os planos.
A cor do cabelo
O restaurante pra mexicano 
Mudei a roupa desbotada:
(Que já não caía bem faz tempo)
Vendaval...
Insistir no improvável.
Chuva de vento?
Sem sombrinha arqueada,
Molha os pés!
Pesa, peso.
O tom nude não era um impulso
(In) Discreto, claro!
Nude, mude?
Por uma perna, quase um desengano.
Linguagem coloquial, deu até logo.
Tipo miss em desfile.
Batom vermelho.
E entre as mudas plantadas,
Voaram:
As borboletas em tons áureos 
Beija-flor, que foi buscar água
E cansou de bater asas
Pousou na árvore,
Que podou seus impulsos.
Negou-se como Paulo a Deus
no sete infinito.
Torrei, soquei e coei o café, mas não bebi.
Mudei de endereço, mas carreguei um terço...
(Da decepção)
Decepou-me também esperança.
Trevo de quatro folhas.
Patuá no pescoço.
Joelho no chão, Iemanjá.
Mudei de ritmo.
Desaceler(ei)!

 
Mônica Cordeiro
Enviado por Mônica Cordeiro em 20/06/2019
Reeditado em 21/06/2019
Código do texto: T6677840
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