PRAZERES

PRAZERES

Na taça a vida

Traduzida em vinho

Saúda o frio

Que invernal se opõe

Ao calor rubi

Que aquece os sentidos

Da pele esquecida

Sob o azul profundo

E vestes pesadas

Luva nas mãos

Que sustentam a taça

De vinho e vida

Entrelaçados

No ido e no porvir

Fora do tempo

Em que bate o vento

Da felicidade que o encontra

Sem procura tanta

Nas grandes janelas

Abertas a história

Tantas vezes contadas

Em amiúdes versos

Que suspiram em nuvens ardentes

Filtrando a luz do sol

Escondido por instantes

Surgindo de novo fulgurante

Refletido no cálice

Calado no ápice dos raios

Que aguardam o poente

E o luar

Que estará logo presente

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 23/06/2019
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