À espera

À espera

maria da graça almeida

Tua sensibilidade crítica

é que me traz e instiga,

a investigar teus escombros!

Quero no teu interior,

com euforia ou dor,

revelar os teus sonhos.

Larga-te às minhas investidas,

são curiosidades antigas,

que me ligam a ti.

Deixa que eu te penetre

e jamais te apresses

em despir-te de mim.

Vou conferir-te a fundo,

saber-te profundo,

num chegar e partir.

E quando fores embora

ficarei aqui fora,

esperando por ti!

Sei que sempre tu voltas

e bates à porta,

que eu vou abrir.

Eu te recebo sorrindo,

achando tão lindo,

voltares pra mim.

de Maria da Graça Almeida

do Livro Espelho Poesia sem mistério

maria da graça almeida
Enviado por maria da graça almeida em 15/03/2005
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