O abraço elegante da memória

Vem, curva lembrança, deslizante

água apressando-se entre os dedos,

toma

a forma deste cântaro

canta

sobre a fonte ressecada

e silencia.

Vem com tuas cortinas desfraldadas

bandeiras de um tempo esmaecido;

acena e depois some; e de um gemido

desdobra vãos sorrisos, mas candentes

luminárias de uma era evanescente

pertinazes contra a sombra – vem, lembrança,

andar comigo

que entre muros de mim mesmo me persigo

e já não acho senão rastros

pegadas contumazes em espaço

já fechado nos anéis de anos idos.

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Agora, uma interação com o poeta Jacó Filho, fino artesão do verso, poeta de alto calibre:

Trago desde outras vidas

Memórias, que me norteiam

Cada uma sendo gerida

Conforme luzes, mapeiam...

JACÓ FILHO

(Muito obrigado, poeta!)

Rodrigo C Pereira
Enviado por Rodrigo C Pereira em 24/08/2019
Reeditado em 25/08/2019
Código do texto: T6727850
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