Melancolia XIII

Versos,

tudo que sou.

Ferroadas em meu coração

quando penso em teu nome.

Juntei caquinhos que colhi enquanto

aguardava tua volta.

E sabemos que foi em vão.

Promessas anotadas em cadernos escondidos

dos pais foram rasgadas.

Estive preso ateando fogo em meus pensamentos.

Ganhaste força para não sucumbir

em nosso romance.

Que altar belo que contemplo de longe.

Há coroa em tua direita,

emergindo da água palavras que te fazem sorrir.

Bobeiras ditas em segredos,

entrelaçando destinos que cruelmente

serão afastados.

Pomares, que te definem em diferentes formas.

São diferentes,

anonalias sentimentais por coexistirmos

em diferentes tempos,

por diferentes tempos.

Ave de lendas urbanas.

Romances infinitos criados em banheiros.

Choram e sorriem.

Me posiciono diante a ti,

com olhos a penetrar-te a alma

e tirar de dentro de você teu sorriso.

Aquele que imagino antes de dormir

sempre com o mesmo tom,

gargalhadas frouxas de cansaço.

Já pedi aos versos que não me torturem

a escrever por ti,

mas tudo que me vem a cabeça

é o clichê de dizer que te gosto.

Logo o misterioso sentimental que

fugia da vida.

Deve estar satisfeita por acertar

o tiro em meu peito.

Teus olhos, muito mais que fotografias guardadas.

Ytalo Scharf
Enviado por Ytalo Scharf em 15/09/2019
Código do texto: T6745897
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