LIBERTO E NU

Demétrio Sena, Magé - RJ.

Só espere de mim o que se tem

de pessoas comuns; de ruas, praças,

viajantes de trem, aposentados

ou ativos de poucos afazeres...

Não espere de mim só gestos raros

nem olhares profundos, mão no queixo,

não me deixo virar um ser barroco

entre verbos de grave conjugar...

Sou poeta, me coube a poesia,

mas o mundo me faz coloquial;

cada dia me põe no seu contexto...

Ou alguém que o poema não lapida,

põe a vida no crivo de seus olhos

e se deixa seguir liberto e nu...

Demétrio Sena
Enviado por Demétrio Sena em 09/10/2019
Código do texto: T6765347
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