Quem sabe um querer sem querer
uma volta na fechadura
levar a criança até a praça
quem sabe viver por viver
desfolhar o ultimo outono 
antes da meia noite
embalar todos os símbolos da memória
na velha cadeira sem balanço
tecer por tecer 
o que  é impossível cozer
fazem-se assim os novelos
um querer sem querer 
do outro lado do mundo