Ego do morcego

Devo e não nego

A cobrança fere o ego

Mas sou inocente e alego,

Pago quando achar emprego

Quando gastei estava cego

E agora, com a dívida que carrego

Não durmo e nem sossego,

À noite, viro um morcego

Porém, eu não me entrego

Se precisar o chão esfrego

Apenas não roubo e nem sonego,

Podem até me chamar de pelego

O mar revolto que ora navego

Cansa-me mas eu não ofego

Continuo com a paz que sempre prego,

E levo harmonia aonde chego

E a ti, que tanto me apego,

Nesta, uma função eu delego.

O jardim que diariamente rego

Será teu, se eu for pego.

rimedor
Enviado por rimedor em 29/10/2019
Reeditado em 05/01/2020
Código do texto: T6782357
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