CaOs dE dEnTrO E cAoS De FoRa
Roupas jogadas
dores espalhadas
o caos de fora
é o caos de outrora
que ainda mora
em mim.
E as coisas estão assim:
Ali, vermes rastejam saindo do lixo.
Aqui, há um ser em decomposição.
O cheiro exala
pela sala.
Uma dose de whisky desce.
Do outro lado,
Um copo úmido de cerveja jogado.
ser lavado.
A água goteja.
A louça na pia.
O banho é pútrido.
Os sentimentos estão assim:
jogados,
espalhados.
Deveria eu,
cata-los?
colocá-los
em ordem?
O cinzeiro esta cheio.
As cinzas caem,
Guimbas pelo chão.
A neblina densa me envolve...
Levando a escuridão de fora,para o centro.
E eu não sei,
o que fazer primeiro.
Entro-me em desespero.
A cama desgrenhada
da última transa
Lençóis e uma toalha molhada
A vontade de continuar esvaeceu
Isso me cansa
Deito-me.
Durmo.
Enquanto meu caos interior
É refletindo o tempo todo
entorno de mim.