Buquês Etéreos

Na espera da hora

Consolos e angústias sobre conquistas e danos

- Fúnebres rituais de um mesmo fim;

Sobre os mármores

Sangues inertes sob sombras nos jardins

- Momentos finais que exalam dores;

Sob o véu da noite

O ausente não mais lamenta ausência de prazeres

- A fome ronda em outros rituais;

No consolo do gueto

O corpo inerte aguarda o invólucro

- Revolta do choro, a mesma dor...

No reduto do douto

Brindam-se os cálices rememorando status

- Cortejos fúnebres adversos;

No Umbral

Almas aguardam o momento do abraço

- Buquês de unhas e carnes etéreas envoltos num mesmo laço.

Kal Angelus
Enviado por Kal Angelus em 15/11/2019
Reeditado em 15/11/2019
Código do texto: T6795465
Classificação de conteúdo: seguro