PROVAÇÕES
Inverso de todo passarinho
Minhas penas pesam por dentro
Coladas às ânsias das asas da mente
Se voo e flano insensato menino
Cumpro as indesejadas sanções
Que fazem morada em meu ninho
Repreendendo os falsos modos
Liberto medos e vícios
Das plumagens da vaidade
E torno esse breve existir
O quanto possível mais leve
Suportar qualquer intempérie
Que afugente minha máscara
Do veneno que me consome
Escancara-me pecador confesso
Nada santo nada anjo nem sonso
- Porem certamente mais íntimo
Das provações do divino
E nada é mais humano que ser digno