Via infinda

Nos arredores deste meu universo incoerente

Não único, mas agora múltiplo

Vagueia os mais lúdicos pensares

Que vão se ramificando aos poucos

E com um único propósito

De nos embriagar sem que notemos

E de nos levar cativos a sua presença

Assim tudo se entrelaça

Como aos fios de um novelo de lã

Cada qual com suas próprias leis

Um perfeito emaranhado de insensatez

Entre a sanidade e a loucura

Complexibilidade total me deparo

E com uma incapacidade letal me levanto

Em uma via sem retorno

Que me açoita dia e noite

A fim de reverencia-la

Tirando-me a paz

Até propaga-la mundo a fora

Sua alma infinda me escraviza

Acorrenta-me, e me sufoca

Em uma tortura real e agonizante

Meus olhos claramente demonstram isso

Enquanto meu corpo desmorona apático

Alucino tentando fugir para longe

Mas ela não me deixa

Busca-me com furor

Cravando suas garras em mim

Em claro descontentamento

E instantaneamente me entrego ao seu leito

A fim de proclama-la

A rainha e soberana

Das minhas entranhas

Bruxinha Faceira
Enviado por Bruxinha Faceira em 10/12/2019
Código do texto: T6815872
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