OH! M A R I A

OH! MARIA!

Partir é morrer um pouco.

Ficar é esperar partir.

Nesta espera saudosa.

Rua que `a vila se lança.

Cheia de varais, roupas.

Ansia de abraçar passante,

casal. Ser criança, criança.

Oh! Maria!

Nesta guitarra afinada,

em la. do, la.

Não é lamúria; minha poesia.

Pra que explicar gemido..

Quanto um Oh! tem tanto

de um Beijo; sentido.

Oh! um velho homem.

Um homem velho.

A brindar a vida.

Na noite fria.

Não tenha pena.

Minha Maria!

Este velho guerreiro.

Dedilha a guitarra; guitarra.

Viu muito.

Sofreu muito

Não odeia o que passou.

E não teme amanhã.

Onde amarra.

Seu coração,

em contrastes e alentos.

Quer o vento, na sua

barquinha corajosa.

Cuja direção e movimentos.

Tens. Queira, és desejada.

Uma eira e uma beira.

Desta nau ao vento.

Almada.

DON ANTÔNIO MARAGNO LACERDA

Prêmio UNESCO. POEMAS/JORNAL

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DON ANTONIO MARAGNO LACERDA
Enviado por DON ANTONIO MARAGNO LACERDA em 07/11/2005
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