Vida impura

Impura ela se sente

toda vez que pensa nas flores

que ganhou (por tabela)

e que ama tanto - tanto

a ponto de chorar de saudade

sofrer o descaso

na batalha pela verdade

Por anos vem

nadando e nadando

amanhecendo na praia

cansada da luta

de tanta labuta

Embebecida de dor

p-a-r-a-l-i-s-a-d-a

apaga o passado

reúne as flores (mesmo envelhecidas)

e, esperançosa

alegra-se com o futuro

prevendo que florescerão novamente

e, quando maduras

entenderão quem ela é

por quem vive

(mesmo no limbo de toda impureza)

RR - 01/01/2020

Poesia publica na 31a. Antologia Poética Patrulhense - POESIA NA PRAÇA - lançada em 28/11/2020

Rosalva
Enviado por Rosalva em 02/01/2020
Reeditado em 28/11/2020
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