Brisa do Novo

Não bebo desta fonte, pois é água vencida

Quero poço novo na alvura das formas

Sorver a liberdade em elisões perdidas.

O que me interessa a sinalefa, se o meu canto é livre?

Livre de usura, de censura, de fissura, de ditadura.

Peço uma hipérbole de anadiplose, anáfora, anacoluto...

Luto na antítese do tempo, no paradoxo cético do momento.

Não me compreenda, pois minhas figuras são pós instante

Não vou ficar parado no vento respirando metáforas antigas

Sigo a brisa do novo na metonímia do que há de se chegar.

Paulino Pereira Lima
Enviado por Paulino Pereira Lima em 25/01/2020
Reeditado em 25/01/2020
Código do texto: T6849985
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