ÁfRiCa e AqUi

Ora,não me pergunte
se igual é o rufar dos tambores
mesma tontura e cadência
à percussão dos amores
onde reza a praga do vento
em  seu acalanto_ assunte!_

n'outro igual continente
que a gente não vê, mas sabe
o encaixe equivalente
do chão de cá, que nos cabe.


Nascente das cantorias
mantras de dor, nevralgia
 em algum tendão da alma

Não é uma dor aguda
dessas que passa e traspassa,
mas é som que presta ajuda
feito fluidez em em ânsia
do arco- íris constância.

Pois que é do mesmo vermelho
o sangue azul e o preto
reflexo em igual espelho
nesse mar que tem dois lados
sem avesso no traslado
na areia onda desmaia
espuma a morrer na praia.

Um sorriso se desmancha
e à duras penas desenha
tons crus e suaves manchas
rastro de lágrima à toa
no corpo feito paisagem,
pro seguidor de viagem.

Canto que a pele entoa
não àquele que desdenha
a trilha pela hospedagem.
Vou andar pelo deserto
Para me achar mais perto

Dança nos pés, cantilena
nos orixás, sina plena



O longe som de tambores.
nas asas de imensa onda
imensos e iguais amores
em iguais noites, rumores
em negras "noches” de ronda"
Elane Tomich
Enviado por Elane Tomich em 08/11/2005
Reeditado em 25/11/2013
Código do texto: T68726
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