Pandemia

No silêncio profundo que envolve o mundo,

Nós, aqui socialmente confinados,

Queremos continuar a viver.

Pedimos que nos deixem viver.

Aos que sustentam as guerras: parem de guerrear.

Indagamos: porque os comunistas não podem se capitalizar?

E aos capitalistas: chega de ganância, vamos nos socializar.

Aos inseguros aconselhamos que sejam confiantes,

Deixem as janelas abertas para receber o amanhecer com alegria

Para reviver e construir dias novos sobre todos os amanheceres.

Aos esquecidos lembramos que se recordem de todas as estrelas,

Aquelas estrelas que em noites claras, tiveram a ousadia de contar.

Aos apaixonados, que não se esqueçam de cantar

E contar os segredos prometidos aos que amam.

Nós, confinados, pedimos mais:

Aos poetas que se lembrem dos sonhos, não sufoquem a inspiração.

No dia de hoje, que não nos enganemos: o bom da vida é ser livre,

Sem querer saber ao certo se é manhã ou noite.

Respirar a aragem da tarde e aguardar a noite chegar,

No horizonte visualizar a chegada da amada que espera ser abraçada.

Ao distraído nós advertimos: o mundo está muito doente.

Não desejamos chorar pelo que perdemos,

Queremos nos alegar por tornar a ver o sol brilhar,

Sem precisar pensa na rotina do tempo que passa tão depressa.

Laerte Creder Lopes
Enviado por Laerte Creder Lopes em 27/03/2020
Reeditado em 14/10/2020
Código do texto: T6898810
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