Monólogo de uma Consciência
Hás vezes palavras soltas correm pela tela cinematográfica de nosso pensar difundindo-se por nossos aparelhos internos a tal ponto da dúvida inserir-nos perguntas que, por medo ou má organização de idéias, preferimos não fazê-las.
A verdade é que de nada sabemos,
Então encenamos um papel fácil que consideramos seguro para os nossos medos.
A vontade é viver intensamente e depois fugir
Fugir daqui que é frio e parece tornar-se vazio
O cantar dos grilos ou o voar das borboletas, tudo é fuga, ludibriar das psicoses
...E o que precisamos, talvez seja apenas sorte...
Mas não fugimos, porque temos receio pelo desconhecido ou apenas adormecido
E o que sentimos, admitimos, não sabemos, nem sabemos se é possível reconhecer
Mas algo em nós grita - palavras que correm no escuro, pelo contorno do pescoço, pela linha das costas, pela umidade dos lábios... palavras histéricas emudecidas.