Um príncipe entre os homens
Sob teu porte de ébano altivo
Escondes o alvor invejável de poucos;
Uma alma amiga de sorriso cativo
Que em abraços protege como choupos.
És anjo entre senhores e feitores,
Raro príncipe de silêncios fiéis.
Dar-te-ei primícias dos meus louvores,
Lealdade incrustrada em anéis.
Tu que és fonte da chama divina,
Amaina as mágoas com perícia,
Arauto da paz que me ilumina
Porque só tu me eternece com malícia.
Em ti adormeço minhas dores,
O desassossego da minha saudade.
Em ti, onde não ouço rumores
E tenho devotada cumplicidade.
Silencio em confusos beijos
Teus lábios de pureza adolescente,
Antes que amadureçam desejos
A roubar-me o amável confidente.