a morte nas sacadas das janelas
nas esquinas dos meus olhos
vagando, nua e crua
por entre brumas e a ampulheta,
nas horas flutuantes
dos dias que nos restam.

a morte, em escárnio rarefeito
ronda os passos, tão descalços,
nas ruas, na dor, na febre, furor.
decrépita morte, na voz do algoz
por entre as vidas perdidas
meras vidas, em escassez d'amor.



@leaferro
Léa Ferro
Enviado por Léa Ferro em 11/05/2020
Código do texto: T6944337
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