será que...?

Será que sou o canto épico

do desencontro

ou agressão,

a violentação do sentimento?

Será?

Será que ontem, hoje, amanhã e sempre

fui, sou e serei, o instrumento

do desânimo,

a permanente revolta

que mobiliza o desespero?

Será que de receios e medos

me faço,

que de dores e males sou o sonho

intermitente?

Será?

( ...Que os anjos despertos me levem

e os momentos sacrificados me iluminem

e conduzam às certezas, onde me pergunto

e não encontro...)