***NADA***
já é tarde, quase madrugada
e o caminho adentra o infinito
sem marcas, sem pegadas
sem destino, sem nada...
o que era simples se complica
o que era sonho, não é mais nada
se faz de medo o desconhecido
usurpando toda intimidade...
já não se aguarda o inesperado
tudo se perde com a alvorada
que se aproxima sem piedade
e o que já não é, nem será...
passou o tempo, esgotaram-se as horas
o grito sufocado imerge na garganta
preso, dilacerado, interrompido, morto
já não sou, tu nem eras, nunca fomos...
Nititita...a poetinha de Niterói