***NADA***

já é tarde, quase madrugada

e o caminho adentra o infinito

sem marcas, sem pegadas

sem destino, sem nada...

o que era simples se complica

o que era sonho, não é mais nada

se faz de medo o desconhecido

usurpando toda intimidade...

já não se aguarda o inesperado

tudo se perde com a alvorada

que se aproxima sem piedade

e o que já não é, nem será...

passou o tempo, esgotaram-se as horas

o grito sufocado imerge na garganta

preso, dilacerado, interrompido, morto

já não sou, tu nem eras, nunca fomos...

Nititita...a poetinha de Niterói

Angela Oliveira
Enviado por Angela Oliveira em 25/06/2020
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