Noite dos cães
Esta é a noite do medo.
Lá fora, os homens silenciam.
Os postes frios e estáticos,
estão sózinhos.
O céu escuro carrega os sonhos.
Há um presságio no ar.
Esta é a noite dos tormentos.
(meu coração cala a dor que
insiste em chorar.)
No silêncio medroso da noite,
a chuva cai fina e mansa
sôbre os tetos, onde os homens
dormem e amam.
Esta é a noite do negro.
( o cigarro queima os sonhos e as espirais levam os versos.)
Ao longe, apenas latidos noturnos.
Esta é a noite dos cães
que ladram amarguras.
(meu coração chora a dor dos versos
queimados na solidão da noite.)
gaviaopoeta
Enviado por gaviaopoeta em 21/10/2007
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