Que eu seja sempre esta criança

Quando meu coração

recusar-se a ser criança,

que a minha mão

pese na balança

que nunca fomos mais,

nem mesmo com muito,

que essas coisas banais

que alegram nosso mundo,

que as tristezas mais bobas

que por simpleza choramos,

que essas aventuras loucas

que sem tostão é que arcamos…

E se meu coração

ficar sem esperança,

arranco-o com a mão

e o troco enfim então

por um outro, de criança.