AO PLENILÚNIO

Vê ao teu redor, nas noites enluaradas,

Essa festa de luz e cores da natureza,

Repara na alvura de leitosa beleza

Por toda terra e céu esparramada.

Ouve, quebrando o silêncio pesado

Da natureza sossegada dormindo,

Esse grilo estrilando, vê a flor se abrindo

E deixando o ar doce e perfumado.

Apanha esse botão de rosa desabrochado,

Mergulha tuas mãos na água cristalina

Do riacho cauteloso que a lua ilumina

E sente, na tua palma, seu ardor gelado.

Vê essa torrente de luz, essa brancura linda

Que afugenta a tenebrosa escuridão.

Apalpa, cheira e vê se deslindas

Esse mistério impenetrável que te vem então.

20.03.2005

mreno
Enviado por mreno em 20/03/2005
Reeditado em 20/03/2005
Código do texto: T7081