MAXIMA SENTENCA

Nunca duvide da minha saudade...

Jorro o sangue da lua no papel suado,

escarneco do medo, pálido, tremelente,

escrevo poesia sobre o que tenho desejado,

ninfas derramam óleos sobre meu corpo quente...

Em tuas sensações noturnas estarei lá,

como corvo tomarei teu corpo e, em teus seios,

abrirei com garras vigorosas os sulcos do amar,

o amor, em urros lancinantes, te dirá a que veio...

Não te precipites, demônio perverso da loucura,

não é hora ainda de saudares o máximo prazer;

está saudade que me faz voar em noite escura

toma o pulso do sonho, sonho de possuir e ter...

Não aviltes a saudade que sinto, desprotegido;

querer o perdido é se perder no olvido...

A máxima sentença a quem desmedidamente ama

é saber-se em suores rolando na cama...