poema-combate
sou o mesmo andré
que o dinheiro não compra.
cuja alma é simples
e não faz-de-conta.
em cujo dão rasteiras
porque sou bobo e creio
no bem antes do mal,
no bonito antes do feio.
sou o andré de quem
já riram muito e à toa.
mas que por isso é forte
e da imponência zomba.
o andré que cedo
já era diferente,
o andré, franzino de corpo,
mas grande de mente.
o andré daqueles
que são excluídos,
dos que não se encontram,
que nasceram perdidos.
o andré que chora
mas que não se abate.
porque a dor vigora
um coração-combate,
um coração que a morte
e o mal não plantam,
que os homens não dominam,
pois as musas é que o cantam.