Poema 0194 - Pecado malvado
Para nossa vida, quero os sonhos que temos,
corpos quentes entre mãos conhecidas,
em um encontro pouco casual,
dizemos dos planos escritos entre lençóis,
impuros para pudicos, não para nossa razão,
o sentir as batidas do seu peito ao lado do meu.
Preciso de suas entradas aquecidas,
as bocas, a pele queimando,
os gritos já não mais contidos,
na nuca um único beijo molhado,
os abraços...
um, que dure todo o tempo.
Neste instante os sonhos se foram da nossa cama,
para que eu sinta sua carne nua, forte,
em um latejar descontrolado,
nesta hora somos céus e infernos,
cobertos apenas por suores quentes
e relâmpagos prevendo tempestades.
Precisamos do nosso ''malvado pecado'',
a tesão atrevida arrastada pelo meu corpo,
as oferendas sem o faz-de-conta,
mãos sem destino passeando pelos nus,
palavras misturando-se aos gemidos,
até que invasões sejam consumadas.
29/03/2005