Letras
Letras bêbadas presas no papel,
mal são compreendidas, mas têm muito a dizer!
Letras mudas gritantes na pena,
querem ser ouvidas, lutam para serem escutadas...
muitas vezes são vitimas do seu próprio eco!
Letras bailarinas na ponta do lápis,
damas de companhia da brutalidade, amigas da falsidade...
Muitas vezes traidoras, outras aliadas!
Letras montanhosas viajantes no tinteiro,
tão grandes e desiguais quanto o seu relevo...
refletem uma sociedade que ironiza a arte da poesia
referindo-se a ela como coisa de desocupados!
Verônica dos Santos
Enviado por Verônica dos Santos em 30/10/2007
Código do texto: T715982