PERGUNTAS A TI
PERGUNTAS A TI
Meu doce amor por onde andas?
O que fizestes ao teu coração para tanto machucá-lo?
Sempre paro na esquina do tempo a espera de ti
A espera do sopro que exala da tua boca úmida
A espera de mim
Meu doce amor onde vives agora?
Onde está a ânsia quente que me mantinha vivo para ti?
Sempre busco você nas ruas anônimas
A espera do perdão esquecido no momento de loucura
A espera da palavra sussurrada com medo
Meu amargo bem quando deixastes de me amar?
Acaso não serei digno dos seus risos cristalinos?
Acaso sou tão impuro que me rejeitas sem compaixão?
Meu alucinado desejo quanto valho para ti?
Hoje não quero brincar de adivinhar futuros
Quero rir da minha insensatez
Quero dividir com o mundo essa dor prisioneira das paixões inacabadas
Quero lhe dizer da minha angústia de amar sem resposta
Quero poder chorar com todo o estardalhaço e expulsar essa dor lasciva
Quando, enfim, vier o claro dia sem culpas e mentiras,
Terei compaixão das dores alheias que as senti na carne nua
Sararei minhas feridas egoístas para dar-me inteiro a você