O DOCE BALANÇO DO SEU CORPO

O DOCE BALANÇO DO SEU CORPO

O doce balanço deve ser por causa de MPB,

na letra do poetinha e no tom de Jobim,

em acordes do seu corpo, violão.

Por conta do molejo roçado do forró,

quiçá pelo lirismo da valsa de Strauss

ou do expressivo dramatismo do tango,

em que o entrosamento do par é fundamental.

Do arrastado do xaxado ou até da coreografia

nos rituais indígenas, como o kworo kango.

Pode, até, decorrer do molejo do samba que balança o corpo,

mas meus pensamentos não vêm uma mulher bonita,

tão cheia de graça, banalizando seu corpo na dança do funk

em insinuação erótica de oferecimento esdrúxulo,

ou mesmo do pagode, cujos ritmos nem musicalidade têm,

Pois o doce balanço deve ser natural, provocado pelo movimento

das curvas do seu corpo em desfile monumental.