NOTÍCIAS DE MORTE

Dor de saber sobre a morte...

Tal moribundo, atenho-me à dor

Desalento que a mim chegou

Eu sem querer sequer supor.

Um ai, que ainda nem se revelou.

Dor que tomou posse de mim.

Deixando-me tão triste assim.

Percebo perplexa, o meu reflexo.

Pareço um ser sem nexo.

Fico enterrada em sofrimento

É o avesso do que eu sou

Por causa do anjo agourento

Que uma viçosa vida ceifou.

Dói! Choro, bato no peito,

Desce o véu, a lágrima esvai.

Sofro, choro, não tem jeito...

Ele se foi; mas, a ficha não cai.

O viço cedeu vez ao desalento.

O caminho não tem mais volta.

Preciso seguir, por ora, nem tento.

Vem anjo bom!? Enlaça-me, escolta.

Há a esperança que ora me destroça

Há a fortaleza que ora me deixa sem força

Há a Serenidade que ora me encontra aflita,

Estou triste, fraca e atada nesta dor maldita.

Um lamento que não passa

Um ai que traz morte no nome

Que me sufoca feito fumaça.

Lamento que me consome.

Uma dor que me atormenta,

Lancinante golpe na alma

Um dó, na perda, que só, se lamenta

Triste sorte, que vem e mata a calma.

Vens de repente, és cruel,

És foice, és veneno, és serrote,

És veneno, tens gosto de fel

És o caos, és fatal, ó dor de morte.

Madalena de Jesus

Maria Madalena de Jesus Gomes
Enviado por Maria Madalena de Jesus Gomes em 23/02/2021
Reeditado em 23/02/2021
Código do texto: T7191363
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