Navalha e carne

O poema

atormentado agoniza

gemendo em flores.

Súbitos versos ensurdecidos

que abortam

termos enervados,

palavras esquecidas.

Tísicos

e obscuros caules

que transitam

odores moribundos,

Desejos emudecidos,

Pétalas afiadas.

Débeis

e errantes caminhos

que escondem

navalha

e

carne.

Do livro Fogo de Lua & outros poemas.

Recife:UBE/PE,2004,p.69.

PS: Todos os meus poemas estão devidamente registrados no escritório de direitos autorais da Fundação Biblioteca Nacional/Rio de Janeiro/Brasil

odmar braga
Enviado por odmar braga em 15/11/2005
Código do texto: T71965