Navalha e carne
O poema
atormentado agoniza
gemendo em flores.
Súbitos versos ensurdecidos
que abortam
termos enervados,
palavras esquecidas.
Tísicos
e obscuros caules
que transitam
odores moribundos,
Desejos emudecidos,
Pétalas afiadas.
Débeis
e errantes caminhos
que escondem
navalha
e
carne.
Do livro Fogo de Lua & outros poemas.
Recife:UBE/PE,2004,p.69.
PS: Todos os meus poemas estão devidamente registrados no escritório de direitos autorais da Fundação Biblioteca Nacional/Rio de Janeiro/Brasil