Amor sem cruzes cravadas
sem contacto
força física que aguente
afectos que prometam
voltar ao normal
que apregoam
as gravatas
que envolveria
nos seus pescoços
sem a vergonha de se absterem
dos conceitos podres do metal
tudo o que a economia promove
e são tantos os pecados
as forças que se vão
sem um adeus
sequer envenenado
gostaria antes de voar
neste ninho envolto
de amor sem cruzes cravadas
na eterna cascata de emoções
que descobri e soube manter
e sujeito todo o orgulho
por esses momentos de êxtase
por essa vida de sangue puro
e ausência de traição.
poema 15 de 36