Amor sem cruzes cravadas

sem contacto

força física que aguente

afectos que prometam

voltar ao normal

que apregoam

as gravatas

que envolveria

nos seus pescoços

sem a vergonha de se absterem

dos conceitos podres do metal

tudo o que a economia promove

e são tantos os pecados

as forças que se vão

sem um adeus

sequer envenenado

gostaria antes de voar

neste ninho envolto

de amor sem cruzes cravadas

na eterna cascata de emoções

que descobri e soube manter

e sujeito todo o orgulho

por esses momentos de êxtase

por essa vida de sangue puro

e ausência de traição.

poema 15 de 36

Manuel Marques
Enviado por Manuel Marques em 09/03/2021
Código do texto: T7202555
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