O cansaço

o cansaço

guardo-o num segredo

de ar rarefeito

castigo pela liberdade

de pensar e dizer

o que apetece

sempre contra os distantes

que mandam melhor em nós

assim ausentes da vida

canso a vontade de protestar

de arrumar um qualquer

apenas para saciar a vontade

nem de superior

quanto mais inferior

apenas vivo num cansaço

de ausência de normal

das confusões

normalidade imposta

como se o vazio

fosse regra para sempre

poema 16 de 36

Manuel Marques
Enviado por Manuel Marques em 09/03/2021
Código do texto: T7202556
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