O cansaço
o cansaço
guardo-o num segredo
de ar rarefeito
castigo pela liberdade
de pensar e dizer
o que apetece
sempre contra os distantes
que mandam melhor em nós
assim ausentes da vida
canso a vontade de protestar
de arrumar um qualquer
apenas para saciar a vontade
nem de superior
quanto mais inferior
apenas vivo num cansaço
de ausência de normal
das confusões
normalidade imposta
como se o vazio
fosse regra para sempre
poema 16 de 36