COMPREENSÍVEL

Eu amava a tua carne,

Mas, também a tua alma

Que não me compreendeu...

Eu amava o teu corpo de menina,

Todos os teus perfumes,

O teu modo de andar,

De falar,

De sorrir,

De pentear os cabelos...

Eu amava arrepiar os teus pelos

Despentear os teus cabelos,

Cheirar todo o teu perfume

E sentir o meu traço misturado ao teu

E a tua pele alva como se fosse a minha

Pelo menos por um instante,

Aquele instante que me lembra que

Eu amava a tua carne

E também a tua alma

Que não me compreendeu...

Menina, o corpo não era tudo...

Nem eu era só o teu namorado,

Eu a amava além dos teus sentidos.

Atrás da tua pele alva estava a tua alma

Tão alva quanto, mas, tu não a percebia

E a via sempre como algo a esconder de mim...

Menina, a minha alma tem asas fortes e me protege,

Em que pese o peso do corpo ela o arrasta para longe, bem longe,

Até que parou de chorar a ausência do teu...

Hoje eu sei que elas andaram conversando por aí,

Cicatrizando feridas, cochichando nos nossos ouvidos

A palavra perdão – Menina, as nossas almas se protegem...

Chico Steffanello
Enviado por Chico Steffanello em 02/11/2007
Código do texto: T720713
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