do poeta, a raíz e o tempero / 9
espreguiço a avidez no tempo lento do acontecer...
ardo no vazio que irrompe da solidão,
mergulho no cerco do domínio,
domino o eco do grito...
desprendo o pudor do sentido,
devolvo a voz ao corpo,
torturo o prazer que ouso...
dou de raiva o ser,
o sémen da posse,
sou, hoje, para sempre
a promessa da véspera.