ESCREVO

Escrevo o que a mente dita,

palavras soltas ao chão.

Não busco nada ao poetar,

nem espero compreensão.

Sou livre para pensar,

dos homens o que bem quiser.

E ver a vida assim mesmo,

com postura de mulher.

Não penso em agradar,

nem entristecer ninguém.

O tempo deu-me a certeza

de que a ira não convém.

Não guardo mágoas ou dor,

esqueço a inveja e o ódio,

perdôo com facilidade

e desculpo o desamor.

Vivo ao sabor da vida.

Não busco vã esperança,

não corro atrás de fantasmas

criados pela ganância.

Recebo todos os dias

como dádiva de Deus,

que me garante alegria

para viver junto aos meus.

Não comparo o presente

Com o que restou na memória.

Não se deve esquecer

O que faz parte da história.

Quando não mais existir

vitalidade nas mãos,

para passar para o papel

gravarei no coração.

E sozinha no meu canto

continuarei a expressar,

o meu jeito de viver,

e o meu modo de amar.

Lumar
Enviado por Lumar em 17/11/2005
Código do texto: T72981