Caos e ordem
Caminho na incoerência do sentir
Perdido na ilusão
Escutando sempre a mesma canção
Afogado em teu mar
Corro risco de nunca te encontrar
Te abraçar
Te amar
Oh destino cruel
Abomino tua luz
Teu sabor a fel
Tua escuridão que me seduz
Arrastado em lamentos
Navegando essas águas turbulentas
Sigo-te sem questionar
Obediente
Dormente
Alheado da realidade
És tudo e nada
Desespero e alento
És escudo
Também espada
O anoitecer e amanhecer
És a horizontalidade das minhas letras
A verticalidade de meus pensamentos
O abismo da minha loucura
O quadro na minha mesinha
O prego na parede
Estonteante escultura
És caos e ordem na minha morada