Parnasianismo

Parnasianismo

Politofrênio em plúdifos tumbélidos,

destrálicos, nérfilos e mozônicos,

de órdio grapil detrunam-se os gônidos

e lipidécios tungem-me os pélidos;

procunfiei-me bálicos flutídeos

e vergumei o bortel de lupidreios

em que condero a flota e os galveios,

finéticos roleios dos calnídeos;

o lipidênio eu plasto e derrembulo

por debuná-lo o alzil da carçandela

da fornegência tumaz em que combulo

os pernetícios da prúscula mocela,

eticolados, na ilência do que alfulo,

a me plastar a górdia da frustela...

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Explicando o poema acima:

Abomino os ditos clássicos por sua hemorrágica verborragia

despejada sobre um povo analfabeto

que por sê-lo não opta

mas que ainda assim gosta de poesia;

mesmo que em grego ou copta...

Que diferença faz?

O entendimento jaz, mas não importa.

A língua está viva ou está morta?

O ritmo... o tom... o sentimento...

O amor que dá calor à palavra mais fria...

É isso que traz contentamento

à alma vazia

que ouve a poesia...

Não bastam as palavras sem sentido...

É preciso que o verso declame

o que tenha sentido,

o que se tem sentido

e o que se ame!

Poeteiro
Enviado por Poeteiro em 11/11/2007
Reeditado em 11/11/2007
Código do texto: T732582