DESARME OS DESAMORES!

Onde há amor,

não há armas,

só há almas!

Não há largar,

há, sim, lugar

de se ajuntar,

de alagar,

se alargar,

de se amar:

desarmar.

De se ajeitar,

de se aceitar,

de um jeito,

no leito,

do peito,

onde amamos,

amamentamos,

alimentamos

da terra, o cio,

da margem, o rio

da esperança, o fio.

Nos guardamos,

aguardamos

o desaguar

e nos amamos

e nos armamos

do amor

e do amar.

Do exército,

eu exercito

outra formação:

nas formas

das mãos,

que a poesia cria,

das mães

na poesia da cria.

A vida sem amor,

é vida perdida,

é dádiva ferida

é cruz,

sem luz

para os que não se dão:

é somente

a semente da escuridão.

Leonardo do Eirado
Enviado por Leonardo do Eirado em 16/10/2021
Reeditado em 16/10/2021
Código do texto: T7364848
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