"QUANDO AS CORTINAS SE FECHAM" Poema de: Flávio Cavalcante

QUANDO AS CORTINAS SE FECHAM

Poema de:

Flávio Cavalcante

Restam apenas os aplausos

As luzes por fim se apagam

A volta dos fantasmas que lhe assombram

As confusões do passado se afloram

Ao ponto de chorar com seus causos

Lembrando da vida e seu fracasso

O que resta é a solidão do palhaço

O palhaço de cara totalmente pintada

No circo, hoje tem marmelada

No palco tentou levar ao seu público

A alegria que ele não tinha há tempo

Do seu amor e o seu descontentamento

Ao abrir as cortinas, tudo volta à tona

A alegria volta à reinar envolto às gargalhas

As luzes fazem a sua parte nessa alegria

O palhaço esquece das dores momentâneas

O espetáculo acaba e a cortinas se fecham

O palhaço deixa cair a máscara e chora

O palhaço é alegria com as cortinas abertas

O palhaço homem de cortinas fechadas

Risos, plateia, luzes, alegria, tristeza,

À vida entre cortinas abertas e fechadas

Esta é a rotina de um palhaço

Quando as cortinas se fecham...

Flavio Cavalcante
Enviado por Flavio Cavalcante em 27/11/2021
Código do texto: T7395191
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