AS VELAS DO MUCURIPE


No Mucuripe à tardinha,
vejo tornarem as jangadas.
Faina rude, à miúde,
nem sempre recompensada.
O pescador não desiste,
é homem forte, persiste,
cedo vai pro mar amigo
enfrentando mil perigos,
vai ganhar os seus trocados.
No Mucuripe à tardinha,
voam bandos de andorinhas
saudando-lhes a chegada.
Lá vem elas, brancas velas,
já encostando na areia.
Maré baixa... maré cheia...
Que o Senhor as guie e proteja.
Se Deus quiser. Assim seja!