Contar Nos Dedos

 

Ontem na fronteira do acaso

Fui retalho a cobrir a insensatez.

No dia seguinte corrigi as rugas,

Olhei para o espelho e atravessei

A esquina.

 

A corda bamba do destino solveu

A razão equilibrou os passos,

Travou a língua dos sortilégios

E saiu do macabro pensamento.

 

Hoje o rio desaguou no mar

O que os olhos da noite escondia.

Pela manhã a minha alma cantou

Como um rouxinol.

 

Hoje acordou em mim a sedução de contar nos dedos....