SOLIDÃO

Na porta da casa

Fechada por grades

O homem observava

A vida que passava

Seu mundo obscuro

Preso por sobre o muro.

Da fachada da casa

Um olhar insistente

Queria se fazer ver

No espaço a vencer

Seu tempo perpasso

Com o olhar escasso.

Entre muro e fachada

A vida transitava

Fazia mil peripécias

Tecidas sem controvérsias

Queria vencer o entrave

Trancado com uma chave.

Ligando na contramão

O tempo da solidão

Fechou a sua janela

Esqueceu sua sentinela

O olhar para sempre esquecido

No tempo que foi perdido.

NEUZA DRUMOND
Enviado por NEUZA DRUMOND em 06/12/2021
Código do texto: T7401074
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