COBRANÇA

 

Não me pergunte aonde eu vou

Eu vou por aí meio sem rumo

Estou um tanto fora do prumo

Não consigo alçar nenhum voo.

 

Não me pergunte quando volto

Eu não sei mais dar meia-volta

Eu não ando mais com escolta

E eu não sou mais pássaro solto.

 

Fico em silêncio, não importa

O que o mundo lá fora me diz

A respeito do que eu nunca fiz

Deixe-me passar por esta porta.

 

Não me pergunte pelo refrão

Que eu assoviei ontem à tarde

Eu sei que fui grande covarde

Não ter cantado a tua canção

 

Eu sei que não tenho respostas

Para tuas perguntas tão vazias

Quando nossas noites tão frias

Cobram-me por nossas apostas.

Cláudio Antonio Mendes
Enviado por Cláudio Antonio Mendes em 06/12/2021
Código do texto: T7401369
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