A luneta
-
Há dentro do fôlego
música à disposição,
o intrumento maior
da voz em encanto.
-
O dilema do poeta
roufenho não contralto
é o cantar no silêncio
que sempre o assalta.
-
O fôlego do poeta
nasce do seu cansaço
da ausência de candura
no corredor estreito.
-
O poço é a luneta
se olhado desde
o fundo. Assim, se
amplia a visão do
universo. Aporia
não há mesmo em
camisa-de-força.
-
Se o tempo é áspero
ouçamos voz de dentro
capaz de força maior
do que do próprio vento.