Calejado

O inocente inicia o ciclo

E logo deixa de sê-lo.

E morrendo em experiência,

Abraça a descrença,

Rindo de alheios apelos.

Outro inocente aparece

Por desertas ruas.

Tantos olhos observam,

Esperando que lhe sirvam

As negadas culpas.

Ali, sempre um incauto

Que perderá o encanto.

Nem todos lágrimas;

A maioria, ranço.

E a inocência foge

Também o faz o desejo,

Deixando um vazio

A ser ocupado de malícia

Que aproveita ensejos.

Tom Cafeh
Enviado por Tom Cafeh em 08/12/2021
Reeditado em 08/12/2021
Código do texto: T7402731
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